A Secretaria Estadual de Saúde já confirmou dois casos de malária no Rio de Janeiro contraídos no continente africano.
Robinson Natanael Teodoro faleceu em decorrência da doença no último dia 24, em Valença, no sul fluminense. Outro homem está em tratamento na Fundação Oswaldo Cruz e também já teve a suspeita confirmada. O quadro de saúde dele é estável.
Outros três casos também foram notificados e a secretaria informou que ainda investiga a condição dessas três pessoas. As primeiras informações são de que os cinco são missionários e participaram de uma mesma viagem a Moçambique, onde contraíram a doença.
O médico e assessor da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, explica que no Rio a malária tem baixa incidência, pouca gravidade e que todos os casos mais graves são importados. Portanto, segundo ele, não há motivos para que a população fique alarmada.
Ele detalha também que o mosquito que transmite a doença, Anopheles, diferentemente do Aedes aegypt ,transmissor da dengue, zika e chikungunya, tem hábitos silvestres.
Segundo Chieppe, o tratamento da malária tem grande possibilidade de cura dependendo da rapidez do diagnóstico, do tipo de protozoário que causa a infecção e da resposta do paciente.
No caso da morte de Robinson Natanael, a Secretaria de Saúde ainda investiga o que tornou o quadro mais complexo.
Em novembro, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento da doença no mundo. Em 2017, a estimativa é de que tenha ocorrido 219 milhões de casos, número que voltou a crescer em 2015, após cinco anos de queda, sendo o continente africano o mais afetado.
No Brasil, a malária também atingiu mais pessoas no ano passado. A estimativa é de que mais de 217 mil tenham contraído a doença, enquanto em 2016 a incidência foi de 133 mil casos, a maioria na região amazônica.
A prevenção é feita com o uso de repelentes e outras medidas de proteção. No caso de viagem para áreas com grande incidência, a recomendação é procurar orientação médica.





