A quinta vítima do tiroteio em Campinas é Heleno Severo Alves, de 84 anos.
Ele morreu as 13h25 desta quarta (12), no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, 24 horas depois de ter sido atingido por dois dos 20 tiros dados por Euler Grandolpho, na catedral Metropolitana de Campinas.
Com isso, chega a seis o número de mortos, incluindo o próprio atirador.
Foram mortos Vitor Monteiro, de 39 anos, José Eudes Gonzaga, de 68 anos, Cristofer Gonçalves dos Santos,38, e Elpídio Coutinho.
Outras três pessoas ficaram feridas, mas já tiveram alta.
Agora, a polícia investiga o que pode ter motivado o técnico de informática e ex-funcionário do Ministério Público de São Paulo a sair da casa onde morava, em Valinhos, a cerca de 10 quilômetros de Campinas, para atirar nas pessoas.
Euler morava com o pai.
Na casa dele foram apreendidos um computador, notebook, celular e anotações.
No celular, a maioria das ligações registradas era para o número da polícia, o 190.
Segundo o delegado José Henrique Ventura, Euler tinha um comportamento bastante recluso e mania de perseguição.
Ele levou duas armas para a catedral. Um revólver 38 e uma pistola CZ 9 milímetros, de uso exclusivo da polícia federal.
Uma das hipóteses dos investigadores é de que ele a arma tenha pertencido a algum atirador desportivo ou colecionador. Mas, até a família se surpreendeu ao saber que ele possuía esse armamento.
Em Campinas, foi decretado luto oficial de três dias. Flores são deixadas na entrada da igreja, que ficou lotada na hora da missa solene em homenagem às vítimas do atentado.
Em Brasília, onde participou de uma reunião organizada pela OAB, o governador eleito de São Paulo, João Doria, se solidarizou com as famílias das vítimas e disse que o atentado é fruto do desequilíbrio de uma pessoa, e que não exite relação com o debate sobre a liberação do porte de armas.