Publicado em 24/12/2018 - 15:32 Por Lucas Pordeus León - Brasília
A Vigilância Sanitária de Goiás fechou o laboratório que funcionava na farmácia da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde o médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, realizava atendimentos.
Segundo os técnicos da vigilância, no local eram fabricados medicamentos em escala industrial, sem autorização.
A farmácia possuía alvará para manipulação e comercialização de fitoterápicos, mas não para produção em escala industrial, como estava ocorrendo.
Houve coleta de medicamentos e de água mineral vendida como fluidificada.
Os produtos foram encaminhados a laboratório e o resultado da perícia deve sair em 15 ou 30 dias.
Segundo a força-tarefa do Ministério Público, a interdição menciona manipulações contrárias às normas sanitárias e más condições no armazenamento de instrumento cirúrgico.
A força-tarefa montada para apurar as denúncias contra João de Deus registrou, até o momento, mais de 500 denúncias sobre 255 possíveis vítimas. 23 mulheres tinham entre 9 e 14 anos quando dizem ter sido abusadas e 28 tinham entre 15 e 18 anos.
Os procuradores citam três tipos de crime: estupro, violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, no caso de menores de 14 anos.
O médium João de Deus nega todas as acusações. Ele está preso preventivamente desde o dia 16 de dezembro.