O médium João de Deus poderá responder judicialmente por mais cinco supostos crimes sexuais, sendo quatro casos de estupro de vulnerável e um de violação sexual mediante fraude.
As vítimas eram de Goiás e São Paulo. Isso porque o Ministério Público de Goiás ofereceu nesta terça-feira (15) a segunda denúncia contra o ex-líder espiritual que engloba esses cinco delitos.
Agora, a peça será analisada por um juiz de Abadiânia, em Goiás, que decidirá se João de Deus vai virar réu.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira pela força-tarefa do Ministério Público goiano que investiga as centenas de denúncias contra o médium.
A promotora Gabriella de Queiroz, que integra a operação, esclarece que antes da apresentação desta segunda denúncia, o grupo analisou 13 crimes, mas oito já estavam prescritos, ou seja, perderam a validade.
Sonora: “Restam, desse total, de 13 vítimas, oito casos, que, infelizmente, já foram alcançados pela prescrição. Então, não estão incluídos na denúncia. Mas são vítimas que configuram como testemunhas de corroboração. Esses crimes datam de longo período. Temos aqui relatos que iniciam em 1990.”
Junto à segunda denúncia, o Ministério Público de Goiás também fez um novo pedido de prisão para João de Deus para resguardar as vítimas, como nos conta o promotor da força tarefa, Augusto César Souza.
Sonora: “Foi formulado um novo pedido de prisão que acompanha essa acusação que foi entregue ao poder Judiciário de Abadiânia hoje. Esse novo pedido refere-se a essas novas vítimas. E se destina a preservar a incolumidade física e psicológica dessas vítimas.”
No dia 9 de janeiro, o médium se tornou réu em outra denúncia de quatro crimes sexuais. Nesse caso, a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da comarca de Abadiânia, aceitou as acusações, mas o processo é sigiloso.
Um dia depois, João de Deus e a mulher dele, Ana Keyla Teixeira, foram indiciados pela Polícia Civil de Goiás por posse de arma de fogo.
O médium está preso desde o dia 16 de dezembro no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia. A defesa nega todas as acusações.