O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro conseguiu novos documentos que comprovariam o esquema de pagamento de propinas estabelecido durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral.
Procuradores da força tarefa da Lava Jato no estado encontraram dezessete mil caixas de documentos da empresa de transporte de valores, Trans Expert, que de acordo com a acusação, funcionava como “banco paralelo” para movimentar o dinheiro da corrupção do esquema de Cabral.
As caixas estavam em um depósito na Pavuna, na zona norte da capital. A empresa responsável pelo armazenamento fez contato com as autoridades, depois que a transportadora deixou de fazer os pagamentos pela guarda. Três mandados de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça para acesso aos documentos.
De acordo com o procurador da República, Sérgio Pinel, eles confirmam informações que estavam no sistema operacional de doleiros, revelado em colaborações premiadas.
Segundo o procurador, há documentos que comprovam as afirmações feitas pelo colaborador Carlos Miranda, como a de que o ex-governador pagava uma mensalidade ao ex-secretário da Casa Civil, Régis Fischtner.
Um dos documentos encontrados é um comprovante de pagamento ao operador financeiro de Fischtner, coronel Fernando França Martins, que recebia valores em uma sala comercial no centro da cidade. A informação da ordem de pagamento encontrada, segundo o MPF, bate com as anotações dos doleiros.
Além de fundamentar as investigações já em curso, os documentos podem também gerar novos inquéritos.





