Em busca de provas sobre a contratação ilegal de um médico no município mato-grossense de Salto do Céu, a Polícia Federal, em parceria com a CGU, Controladoria Geral da União, realizou nessa quarta-feira (13) a operação Onipresente.
Três mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres.
Essa é a segunda fase das investigações que visam combater esquema de desvio de recursos públicos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde, no âmbito do Programa Saúde da Família.
Segundo a Polícia Federal, o médico foi contratado pela prefeitura com uma carga de 40 horas semanais, entre 2014 e 2017. Mas, há registros de que ele estava trabalhando também na Delegacia Regional da Polícia Civil em Ariquemes, em Rondônia, cumprindo a mesma carga horária, no período de março de 2014 a 2016.
A distância entre as duas cidades, de 1.113 km, mostra que seria impossível a prestação de serviço nos dois locais, segundo a Polícia.
A conclusão é que R$ 780 mil foram pagos ao investigado de forma indevida pelo governo de Salto do Céu.
Além disso, ele também teria recebido mais de R$ 1 milhão em contratos com o município.
A justiça federal determinou o afastamento do profissional das funções e ainda o sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores do médico até o limite de R$ 1,1 milhão, a pedido da Polícia Federal. Além do médico, outros servidores públicos são investigados por permitirem a suposta prática ilegal.
A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Salto do Céu.





