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Prefeitura do Rio começa demolição de prédios na Muzema

Desabamento
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Ícaro Matos
24/04/2019 - 09:51
Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou nesta quarta-feira (24) as demolições de dois prédios na comunidade da Muzema, na zona oeste da capital fluminense.


As construções de residências de quatro e oito andares, são vizinhas dos dois edifícios que desmoronaram no último dia 12, deixando 24 mortos e sete feridos.


A decisão de demolir os prédios foi embasada em laudo produzido pela Defesa Civil Municipal, que após vistoria feita no local, na segunda-feira (22), concluiu que as construções apresentavam graves danos estruturais e corriam risco de desabamento.


De acordo com a prefeitura, o trabalho será feito manualmente, apenas com o auxílio de ferramentas e máquinas leves, para evitar abalos nas estruturas de outros prédios da área.


A previsão é que a demolição dure cerca de 30 dias, mas a prefeitura ainda avalia a possibilidade de contratar emergencialmente uma empresa para auxiliar no trabalho, o que daria mais celeridade à ação.


Além dos dois edifícios que serão demolidos, outras sete edificações vizinhas também foram interditadas pela prefeitura, por questões de segurança.


As famílias desalojadas puderam retirar seus pertences dos imóveis e vão receber o aluguel social, benefício financeiro concedido pelo município para o custeio de uma moradia provisória.


Outras construções na Muzema poderão ser demolidas futuramente, já que a Secretaria Municipal de Urbanismo intensificou as ações de fiscalização e abriu 33 novos processos relativos a construções irregulares na comunidade.


A região da Muzema é dominada por milícias, que fizeram loteamentos clandestinos no terreno e ergueram construções irregulares, sem autorização dos órgãos competentes e em área de preservação ambiental.


Desde 2005, a prefeitura emitiu pelo menos 17 autos de infração contra construções ilegais na Muzema, interditando as obras dos dois prédios que desabaram.


Mas o fato de a região ser dominada por milícias e questões judiciais impediram a efetivação das sanções determinadas pela administração municipal.

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