Pesquisadores do Museu Nacional recuperam peças raras da coleção egípcia atingidas por incêndio

Rio de Janeiro

Publicado em 07/05/2019 - 18:26 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro

Pesquisadores do Museu Nacional resgataram, dentre os escombros do incêndio ocorrido no ano passado, peças da coleção egípcia que estão entre os itens mais preciosos do acervo.

 

Entre os artefatos apresentados nesta terça-feira (7), estão um escaravelho e outros oito amuletos que ficaram lacrados dentro de um sarcófago por mais de 2,7 mil anos. O caixão em madeira, onde foi depositada a múmia da sacerdotisa cantora Sha Amun Em Su, foi trazido ao Brasil por Dom Pedro II e era uma de suas peças preferidas.

 

De acordo com pesquisador Pedro Luiz Diniz, o caixão e a múmia foram destruídos no incêndio, mas o desastre acabou expondo as peças enterradas junto com a sacerdotisa e que, antes, só tinham sido vistas em uma tomografia.

 

Até o momento, 200 peças foram retiradas das duas salas onde a coleção egípcia estava exposta ou armazenada, mas só 30% do trabalho de escavação nesses espaços foi feito.

 

Por isso, a expectativa é a de que muitos artefatos possam ser recuperados. Já do acervo em geral foram resgatadas mais de 2,7 mil peças, como explica uma das coordenadoras do trabalho, a arqueóloga Luciana Carvalho, por enquanto, os itens estão sendo apenas retirados e guardados para serem catalogados e restaurados posteriormente.

 

Já o trabalho de escoramento de toda a estrutura do museu está próximo do fim e, de acordo com o diretor do museu Alexander Kellner, o objetivo é começar a obra de recuperação do prédio histórico ainda este ano.

 

Mas, para isso, e para continuar o trabalho de resgate, o museu ainda tenta levantar recursos.

 

De acordo com Kellner, há uma carência imediata de contêineres e materiais de uso diário, como luvas e caixas de armazenamento.

 

O Museu Nacional tinha o maior acervo de história natural da América Latina e funcionava em um edifício na Quinta da Boa Vista, construído por dom João VI há 200 anos como residência da família real.

 

Apesar do incêndio, ocorrido no dia 2 de setembro, ter comprometido o interior do casarão, sua fachada e estrutura principais permaneceram, e o prédio deve ser reconstruído para abrigar o novo museu.

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