Publicado em 19/06/2019 - 12:23 Por Ícaro Matos - Rio de Janeiro
A Polícia Civil apreendeu nesta terça-feira (18) a arma que pode ter sido usada para assassinar o pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal e cantora gospel Flordelis, morto na madrugada de domingo (16), na garagem da residência do casal, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A Pistola calibre nove milímetros foi encontrada no mesmo imóvel onde o crime foi cometido, no quarto do filho biológico de Flordelis, de Flávio dos Santos Rodrigues, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça.
Os agentes ainda vasculharam a sede da igreja fundada por Flordelis e Anderson, no bairro Columbandê, na cidade vizinha de São Gonçalo, também na região metropolitana.
Além da arma, foram apreendidos outros itens que poderão ajudar nas investigações do crime, entretanto, o telefone celular do pastor, que era um dos principais objetivos das buscas, não foi encontrado.
Flávio, que é suspeito de envolvimento na morte de Anderson, foi preso na segunda-feira (17), durante o enterro do pastor, em cumprimento a mandado de prisão pelo crime de ameaça na forma da Lei Maria da Penha.
Antes de ser conduzido para a carceragem da Polinter, onde está detido, ele foi levado para prestar depoimento sobre o assassinato, na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.
De acordo com a Polícia, ele não tem porte de arma e vai ser ouvido novamente para prestar esclarecimentos sobre a pistola.
Além de Flávio, outro filho de Flordelis e Anderson também é suspeito de participação no assassinato do pastor. Lucas Santos, de 18 anos, que é um dos 51 filhos adotivos do casal, também foi detido nesta segunda. Ele foi capturado em casa, em cumprimento a um mandado de apreensão por ato infracional análogo ao tráfico de drogas, cometido quando ele ainda era menor.
Lucas já prestou depoimento sobre a morte de Anderson, mas, ao contrário do que foi divulgado por diversos veículos de imprensa nesta terça-feira (18), ele não confessor ter assassinado o pastor a mando do irmão Flávio, como explica a delegada responsável pelo caso, Barbara Lomba.
A polícia trabalha com a hipótese de que morte de Anderson foi um homicídio, que pode ter sido motivado por uma desavença familiar, com possível origem em caso um extraconjungal do pastor.