A Justiça Federal decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão dos quatro hackers acusados de invadir celulares de diversas autoridades brasileiras.
O texto da decisão alega que a medida é necessária para aprofundar as investigações sobre caso, já que, em liberdade, eles poderiam eliminar provas e atrapalhar as investigações.
Durante os interrogatórios, um dos envolvidos teria citado um contato com a ex-deputada Manuela D'Ávila e afirmado que foi ela quem fez a ponte entre o hacker e o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil - e que tem divulgado sucessivas conversas de autoridades vazadas do aplicativo Telegram.
Por nota, a ex-parlamentar confirmou o contato feito por uma pessoa não identificada em sua conta no Telegram. Ela narra, que na ocasião, a invasão do celular dela teria sido feita no estado de Virgínia, Estados Unidos.
Nesse mesmo contato, a pessoa disse ser alguém que tinha em mãos provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras, e disse querer divulgar o material.
Manuela diz, ainda, que, pensando se tratar de uma armadilha de seus adversários políticos, repassou ao invasor o contato do jornalista Glenn Greenwald.
Na nota, ela confirma a informação já passada em depoimento pelo hacker, de que nenhum pagamento foi combinado ou recebido pelas duas partes - e diz que vai orientar os advogados para entregarem imediatamente à Polícia Federal as cópias das mensagens recebidas pelo aplicativo Telegram. Ela também se colocou à disposição para prestar esclarecimentos e para apresentar o celular a exame pericial.





