A suspensão das visitas às dez unidades prisionais acrianas já começou a valer nesse fim de semana.
A medida foi adotada de forma preventiva e por tempo indeterminado, pelo Conselho Gestor do Sistema de Segurança Pública do Estado, após a descoberta de uma carta indicando a possibilidade de rebelião ou motim, como explica Lucas Gomes, direto-presidente do Iapen, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre.
A suspeita é de que o esquema está sendo articulado por uma organização criminosa paulista em conjunto com uma facção local, em retaliação a uma série de medidas de segurança mais rigorosas adotadas pelo governo acriano, dentro das unidades prisionais.
De acordo com o diretor do Iapen, a segurança nos presídios foi reforçada o que possibilitou, nesse domingo (30), a descoberta de dois túneis que poderiam ser utilizados para fuga.
Gomes descartou qualquer ligação desses fatos com o massacre ocorrido em penitenciárias do Amazonas, no final de maio, que resultou na morte de 55 presos.
No entanto, ele disse que o caso serviu de alerta para a adoção de medidas, antes da possível ocorrência de uma tragédia.
