Publicado em 24/09/2019 - 18:08 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro
O Ministério Público recebeu uma representação da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira, contra a política de segurança pública do governo Wilson witzel.
O documento foi entregue pelo presidente da seccional diretamente ao procurador geral, Eduardo Gussem, e relaciona uma série de erros, na opinião da entidade, que levam a casos como o da menina Ágatha Felix, morta com um tiro de fuzil durante uma ação policial no complexo do alemão.
A subprocuradoria geral do MP vai analisar a representação, para decidir se ela tem elementos que justifiquem a abertura de algum procedimento, para apurar atos de violação de direitos humanos ou de improbidade administrativa.
Mas com relação à morte de Ágatha, o MPRJ informou que a 23ª Promotoria de Investigação Penal já está apurando os fatos. O presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, destacou que apenas de janeiro a agosto, mais de mil e 200 pessoas foram mortas pelas polícia no estado e que a falta de um planejamento de inteligência atenta contra a integridade da população e da própria polícia.
De acordo com ele, a representação foi motivada pela preocupação com a morte de inocentes, porque não se pode aceitar que crianças de oito anos morram em razão de uma estratégia que privilegia o confronto.
O governo do estado foi procurado para comentar a medida da OAB mas não respondeu até o fechamento desta reportagem, mas em entrevista coletiva nessa segunda-feira, o governador Wilson Witzel defendeu a política de segurança do estado e culpou o crime organizado pela morte da menina Ágatha.