Corpo de Bombeiros do Ceará volta atrás sobre morte em desabamento; ainda há desaparecidos
Prédio em Fortaleza
Publicado em 15/10/2019 - 22:15 Por Lucas Faria - Brasília
Onze pessoas seguem desaparecidas no desabamento desta terça-feira (15), em Fortaleza.
O Corpo de Bombeiros chegou a anunciar a morte de uma pessoa, mas o governo do estado não confirma óbitos. Para ter certeza sobre o número de possíveis mortos e feridos, a corporação faz um novo levantamento.
Mais cedo, o prefeito da cidade, Roberto Cláudio, disse que o resgate de sobreviventes é a prioridade no momento.
“O foco nesse momento é garantir o resgate, com todo o apoio necessário. E, no momento certo, encerradas as operações de resgate, é importante que a gente possa unir todos os órgãos de fiscalização, de investigação, de controle urbano, para fazer uma investigação muito rígida a respeito das causas do acontecido”.
O prédio residencial de sete andares desabou por volta das 10h30, no Bairro Dionísio Torres, área nobre da capital cearense.
A representante comercial Daniela Barrocas passava pelo local na hora da tragédia.
“O prédio aparentemente, pelo lado de fora, parecia normal, como qualquer outro, mas a gente percebe que era antigo. Ele foi desabando e caiu em cima de um mercadinho. Muito tumulto, barulho de sirene de ambulância, e as ruas todas interditadas”.
Em vídeos e fotos que circulam nas redes sociais é possível ver o desgaste dos pilares de sustentação do edifício. Alguns envoltos com sacos plásticos para evitar infiltrações na região.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia do Ceará, Emanuel Mota, afirmou que o Edifício passava por duas reformas.
“Tinha algumas ARTs [Anotação de Responsabilidade Técnica] da manutenção dos elevadores e uma ART de reforma. Essa de reforma aparenta que estava em curso, porque foi registrada ainda nesta semana. No caso de a reforma ter sido iniciada, vai ser possivelmente aberto um processo de verificação da conduta do profissional. Se houve má conduta, negligência”.
A força tarefa vai continuar trabalhando no resgate e identificação de sobreviventes. No trabalho noturno, os membros da corporação utilizarão torres de iluminação para ajudar na remoção dos escombros.
De acordo com o corpo de bombeiros, o trabalho agora dever ser feito com bastante cautela, para evitar novos desmoronamentos.
A corporação estima que mais de 100 bombeiros, da ativa e aposentados, participam da remoção dos escombros.