Aumenta número de assassinatos desde o começo da paralisação de policiais militares no Ceará
Ceará
Publicado em 26/02/2020 - 11:05 Por Dayana Vítor - Brasília
Desde o início da paralisação de policiais militares no Ceará, 170 pessoas morreram vítimas de assassinatos, feminicídios, lesões corporais seguidas de mortes e latrocínios. Apenas nessa segunda-feira de carnaval, foram vinte e três mortes.
Essa onda de violência começou no dia 18 de fevereiro, quando alguns PMs pararam as atividades por conta da insatisfação com o reajuste salarial proposto pelo governo do estado. A remuneração inicial passaria de três mil e quatrocentos reais para quatro mil e quinhentos até março de 2022. Desde então, homens encapuzados invadem quartéis e depredam veículos da polícia.
Moradora de Fortaleza, a empresária Francisca Robéria, decidiu viajar para o interior. Tudo por medo de sair as ruas da capital cearense.
Para ajudar na segurança da população, no dia 20 de fevereiro, três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública chegaram no Ceará, na Operação da Garantia da Lei e da Ordem.
Motins e greves de policiais são proibidas pela Constituição. Por isso, 230 grevistas já foram afastados das atividades. O governador Camilo Santana garante que o reajuste da categoria foi negociado.
Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com os líderes da paralisação de policias no Ceará.