Em Brasília, a Polícia Civil fechou uma casa clandestina que vendia álcool em gel adulterado.
Uma mulher foi presa em flagrante e vai responder por crime contra a saúde pública. O crime é grave, classificado como hediondo, com pena que pode chegar a 15 anos.
De acordo com Wisllei Salomão, da Coordenação de Repressão a Crimes Contra o Consumidor e Fraudes, a polícia foi acionada pelo Procon e a Vigilância Sanitária, que receberam a denúncia do produto suspeito nas prateleiras de uma farmácia.
A polícia rastreou por meio da nota fiscal e localizou a distribuidora clandestina. Lá, foram encontrados 360 frascos de tamanhos diversos, além de cerca 3,3 mil de embalagens vazias. Também havia notas que indicam um lucro de R$ 57 mil da proprietária com a venda de álcool em gel falso.
As autoridades ainda não sabem o produto exato que tem nesses frascos. A farmácia também será investigada, e os donos podem ser indiciados criminalmente.
Manoel Silva Neto, diretor de Vigilância Sanitária, alerta que nestes casos o comércio também tem responsabilidade e pode sofrer processo administrativo sanitário.
A polícia pede para o consumidor enganado que registre ocorrência de estelionato na delegacia eletrônica, por meio do site, guarde o frasco e o comprovante de pagamento. Após a crise do coronavírus, essas pessoas serão chamadas a depor.
A Vigilância Sanitária alerta ainda que álcool em gel caseiro não é eficaz contra o coronavírus, e é perigoso. Lembra ainda que produzir e vender sem autorização é crime.
O Procon também tem multado e interditado estabelecimentos que vendem produtos acima do valor de mercado. Denúncias podem ser feitas por meio do disque 197, da Polícia Civil, ou do Procon, 151.