Duas operações da Polícia Federal investigam licitações na saúde em Pernambuco

Investigar as contratações diretas emergenciais realizadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife, no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Esse é o objetivo da Operação Antídoto, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (16).

Essa ação conta com o apoio da CGU – a Controladoria-Geral da União - e seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.

Há indícios de que uma empresa, composta por laranjas, teria sido favorecida com 14 dispensas de licitação, com valores superiores a R$81 milhões.

Os crimes investigados são de falsidade ideológica, peculato (desvio de dinheiro público) e dispensa indevida de licitação, sem prejuízo de outros que possam surgir no decorrer da apuração.

Outra operação também deflagrada pela Polícia Federal em Pernambuco foi a Operação Casa de Papel que investiga a contratação, sem licitação, por prefeituras de municípios pernambucanos, de empresa para fornecimento de materiais médico-hospitalares durante a pandemia de Covid-19.

As irregularidades somam quase R$ 9 milhões. Segundo a polícia, a empresa contratada seria de fachada, teria sido constituída em nome de laranjas e pertenceria a um grupo econômico que já vinha sendo favorecido há quase 10 anos na região.

35 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por 160 policiais federais que investigam os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e dispensa indevida de licitação.