Uma explosão gigantesca próxima ao centro de Beirute, capital do Líbano, matou dezenas de pessoas e deixou milhares de feridos. A explosão aconteceu na zona portuária de Beirute, por volta das 18h30, no horário local. A cena foi registrada por pessoas que estavam nos arredores.
Com o impacto, carros que estavam próximos ao local foram arremessados para longe, telhados desmoronaram e vidraças foram quebradas a quilometros de distância. Foi o que aconteceu na casa do diplomata brasileiro Luiz Felipe Czarnobai. Ele, o marido e os três filhos moram a pouco mas de um quilômetro do local da explosão.
Todas as vidraças do apartamento viradas para o porto foram quebradas. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido. A chefe de cozinha, Lucineide de Araújo, que vive há 20 anos em Beirute estava no quarto da filha quando sentiu um tremor, e achou que fosse um terromoto.
O presidente da União Líbano-Brasileira, Bassam Haddad, também achou que fosse um terremoto. Ele estava a mais de 15 km do local da explosão. No vale do Bekkah, a cerca de 50 km de Beirute, a farmacêutica Hiam Beidou também sentiu a terra tremer.
Uma fragata da marinha brasileira estava no porto, próximo ao local da explosão. Mas segundo o comandante, almirante salgueirinho, o navio não foi atingido e a tripulação está bem.
Ainda não foi confirmado o que pode ter causado tamanho estrago na capital do Líbano. A explosão aconteceu em uma área cheia de armazens e no local existiria uma fábrica de fogos de artifício. Uma outra versão é de que haveria materiais explosivos em um dos armazéns.
O primeiro ministro do Líbano Hassan Diab declarou estado de emergência em Beirute por duas semanas e disse em pronunciamento que os responsáveis não ficarão impunes.
A embaixada brasileira também teria sido atingida pela explosão, mas como foi no começo da noite, já não tinha mais ninguém no local. Em nota, o Itamaraty diz que até agora não há notícias de brasileiros mortos ou feridos graves, mas não confirma os estragos que teriam atingido a sede da representação brasileira no país. A nota também presta solidariedade ao povo e ao governo do Líbano.