Setor de transporte no Rio pede ajuda financeira a governos

Com a redução drástica de passageiros nos trens do Metrô e da Supervia desde o início da pandemia do novo coronavírus, os dois órgãos pedem soluções das esferas governamentais para ajudar o setor no Rio de Janeiro.

Segundo o Metrô, a redução foi de 98 milhões de passageiros em seis meses de pandemia, completados nesta quarta-feira (16). Já a Supervia afirma que teve uma perda de 47,2 milhões de passageiros e um prejuízo de mais de R$200 milhões.

Atualmente, a empresa registra uma queda de 60% no número de passageiros. Isso representa cerca de 370 mil clientes por dia no sistema  - antes da pandemia eram 900 mil por dia.  O sistema não recebe subsídio do governo para manter suas operações, somente a tarifa cobrada dos passageiros, por isso, a empresa apela para uma negociação com o governo estadual, depois de acordos  com credores e fornecedores, como explica o presidente da concessionária Metrô Rio, Guilherme Ramalho.

A SuperVia atualmente transporta  cerca de 300 mil passageiros por dia, metade do que era registrado antes da pandemia. A maior perda ocorreu no final de março quando a queda no número de clientes chegou a 74%. Depois, estabilizou-se em 60%.

O presidente da Supervia, Antônio Sanches, aponta as medidas que teve que instituir para reduzir o impacto negativo da redução de receita, como, por exemplo, negociações com bancos e fornecedores.

Em nota, a  Secretaria de Estado de Transportes  informa que o projeto de lei de repasse de R$4 bilhões da União para a mobilidade urbana segue em aprovação no Senado. A proposta contempla municípios com mais de 200 mil habitantes e também estados e o Distrito Federal.  

Depois da aprovação no Congresso Nacional, o projeto ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro antes de chegar às empresas do estado.