Sete pessoas são presas no Rio por exploração imobiliária clandestina
Sete pessoas foram presas, sendo uma em flagrante, durante operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra uma milícia que atua na região da Muzema e Rio das Pedras, na zona oeste carioca. O objetivo é cumprir nove mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital.
Segundo o Ministério Público Estadual, além de outras atividades ilícitas, o grupo atua na exploração imobiliária clandestina na região, onde em abril do ano passado dois prédios irregulares desabaram e 24 pessoas morreram. As investigações contra esses milicianos, conduzidas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, a DRACO, da Polícia Civil, começaram pouco antes das construções virem abaixo em 2019.
A operação também contou com apoio do Ministério Público de Pernambuco, estado alvo de um dos mandados, e da corregedoria da Polícia Militar.
Na denúncia feita contra a milícia, o MP ressaltou o perigo dos prédios que são construídos sem qualquer capacitação técnica e fiscalização.
O líder do grupo, segundo as investigações, é Tailon Barbosa, que foi um dos presos. Ele é filho de Dalmir Barbosa, que já havia sido detido e denunciado pelo mesmo crime na Operação Intocáveis II.
A polícia também conseguiu prender Jocemir Souza, apontado como cobrador da organização,além de Gilbert Silva Loback, o policial militar Ronny Pessanha de Oliveira, e Carlos Magalhães Antunes, os três apontados como integrantes do núcleo de segurança do grupo criminoso.
Foram presos ainda Clodoaldo Godinho e Clayton Vieira, que integram o núcleo imobiliário, atuando na ocupação do solo, execução de obras, locação, entre outras tarefas.
Todos foram denunciados por organização criminosa.