Ministério Público e Defensoria do RJ pedem desconto na conta de água
Publicado em 05/02/2021 - 17:17 Por Lígia Souto - Rio de Janeiro
Depois de mais relatos sobre alteração do gosto, cor e cheiro da água distribuída pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) em diversos bairros da capital, o Ministério Público do Estado e a Defensoria entraram na Justiça com um pedido de desconto de 25% na conta dos consumidores.
O pedido de urgência, ingressado nessa quinta-feira (4), também requer que a companhia elabore, em até três dias, um plano para solução do problema, que teve início no dia 19 de janeiro, e se assemelha ao ocorrido no verão passado, quando o Rio de Janeiro viveu uma das mais graves crises hídricas já registradas no estado.
No centro da questão, uma substância que acabou entrando para o vocabulário dos consumidores: a geosmina, um composto orgânico que em contato com a água ativa o cheiro e gosto de terra.
E em meio à pandemia do novo coronavírus, há também reclamações de interrupção e falhas no abastecimento em bairros das zonas Norte e Oeste cariocas e em municípios da Baixada Fluminense. A situação fez com que o MP e a Defensoria também pedissem, na mesma ação, que a Cedae garanta a qualidade da água e regularize o fornecimento.
A companhia está sendo convocada a apresentar relatórios sobre a falta d'água e desconformidade dos padrões de qualidade, incluindo informações relacionadas às providências adotadas. O texto diz ainda que as informações serão utilizadas para calcular a multa a ser aplicada à Cedae.
Em comunicado à imprensa, a Cedae garantiu, ainda em janeiro, a breve solução do problema, e afirmou que, apesar das alterações, a presença da geosmina não ofereça risco à saúde dos consumidores.
Sobre a nova ação, a companhia informou que ainda não foi notificada, mas que prestará os esclarecimentos dentro do prazo determinado.