Brasil dá adeus a Agnaldo Timóteo; enterro ocorreu nesse domingo
Uma das mais belas vozes da música brasileira se calou. Agnaldo Timóteo, um artista intenso e cheio de carisma, morreu vítima da covid-19, aos 84 anos. Ele estava hospitalizado desde o dia 17 de março, no Rio de Janeiro. O corpo do cantor foi sepultado neste domingo (4). A cerimônia ocorreu somente na presença de amigos e familiares no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste carioca. Amigos como o intérprete de sambas-enredo Paulinho Mocidade lamentaram a perda.
Mineiro de Caratinga, ele foi ainda jovem para o Rio em busca de oportunidades, onde foi ajudado pela cantora Angela Maria, tendo gravado o seu primeiro disco em 1961, aos 25 anos de idade. O primeiro show na Rádio Nacional foi mesmo ano, quando cantou a música “ Laura” composta pelo cantor Altemar Dutra, do qual era fã.
Sua carreira estourou em 1967, com o disco Obrigado Querida, com a canção Meu Grito, de Roberto Carlos, em primeiro lugar nas principais rádios do país.
Sua popularidade era baseada em um repertório romântico e na potência vocal. Tinha público cativo e shows que lotavam os auditórios.
Agnaldo Timóteo Gravou 64 discos em sua carreira. Uma de suas últimas aparições públicas foi em janeiro, numa apresentação beneficente pela internet aos pés do Cristo Redentor.
O cantor também trilhou o caminho político. O primeiro cargo público foi assumido em 1983, após ser eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Foi vereador no Rio, entre 97 e 2000 e em São Paulo entre 2005 e 2008 e entre 2009 e 2012 quando saiu para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Anos depois, deixou a atividade política para se dedicar somente à música.





