Especialista alerta para cuidados com hipertensão arterial
Doença crônica pode ser agravada pela covid-19
Publicado em 17/05/2021 - 08:47 Por Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
A hipertensão arterial ou pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças como acidente vascular cerebral, infarto e insuficiência renal. A doença também é uma das condições a serem consideradas para possíveis complicações da covid-19.
Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, que acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam 14 por 9.
O presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Luiz Bortolotto, explica que os principais fatores para a ocorrência da pressão alta são genéticos, mas os hábitos de vida do indivíduo também podem acarretar a enfermidade.
O cardiologista Luiz Bortolotto ressalta que a maioria das pessoas que têm pressão alta não apresentam sintomas. Segundo ele, apenas 10% podem ter dor de cabeça frequente, tontura e sangramento nasal, por exemplo. Entre os sintomas que indicam o agravamento da doença estão falta de ar, dor no peito e desmaio.
A doença pode ser controlada com medicação de uso contínuo. Outras medidas como o controle de peso, a prática de atividades físicas de forma regular e hábitos saudáveis de vida também ajudam a manter os níveis de pressão controlados.
Por evitar as chances da forma grave da Covid-19, o controle da pressão alta ganha maior importância, destaca o especialista.
Desde o fim do mês passado, de acordo com a disponibilidade de doses, a vacinação contra a covid-19 tem incluído pessoas na faixa etária de 55 a 60 anos com comorbidades, como hipertensão não controlada. Luiz Bortolotto reforça que o avanço da vacinação nesses casos, além de proteger essas pessoas , diminui o impacto na ocupação de leitos hospitalares.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 36 milhões de brasileiros adultos têm pressão alta. Entre os idosos, a doença atinge 60% da população. A pressão alta é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares: cerca de 200 mil todos os anos.
Edição: Raquel Mariano/ Adrielen Alves