Metroviários de SP entram em greve por reposição salarial
Sindicato pede manutenção de direitos
Publicado em 19/05/2021 - 13:35 Por Nelson Lin* - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo
A capital paulista amanheceu nesta quarta-feira (19) com as principais linhas do metrô paradas por causa da greve dos metroviários.
Três linhas - a azul, vermelha e verde - operaram com restrição e em poucas estações; e a linha do monotrilho, da zona leste, ficou paralisada. Apenas as linhas amarela e lilás do metrô funcionaram normalmente. As linhas de trem da CPTM também operaram normalmente.
Muitas pessoas foram surpreendidas com a greve e com isso várias estações ficaram lotadas. O metrô informou que o sistema de linhas de ônibus que fazem o trajeto das linhas de metrô, chamado PAESE, foi acionado.
A paralisação dos metroviários também causou, nessa manhã, trânsito acima da média para o horário. O pico foi às 10h com 6,1% das vias da capital congestionadas. Sendo que, segundo informações da CET, a média durante a pandemia, para o dia e o horário, está sendo abaixo de 2,9%.
O corretor de imóveis Vanderlei Prado disse que apoia o pleito dos metroviários, mas teve que utilizar outras formas para chegar no seu destino.
O Sindicato dos Metroviários pede reposição salarial de 9,7% em três partes, pagamento de participação em lucros e resultados que constam no acordo coletivo anterior e a manutenção de direitos, como o anuênio.
O coordenador do sindicato, Wagner Fajardo, também afirmou que os trabalhadores se disponibilizaram a trabalhar mesmo em greve desde que o metrô liberasse as catracas à população, mas a proposta não foi aceita.
Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos disse que o metrô de São Paulo fez uma proposta de acordo salarial aos seus empregados muito acima do que é praticado no mercado de trabalho, de reajuste de 2,6% nos salários e benefícios; e que o metrô manteve todos os serviços e seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no último ano.
*Com produção de Dayana Victor.
Edição: Sâmia Mendes/Renata Batista