O Ministério Público começou a ouvir, nessa segunda-feira (10), testemunhas e familiares das vítimas da comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio. A ação policial, que resultou na morte de 29 pessoas, entre elas o policial civil André Frias, aconteceu na última quinta-feira (6).
O MP esclareceu que os familiares das vítimas estão recebendo assistência jurídica por parte da Defensoria Pública do Estado. E que as oitivas serão realizadas ao longo da investigação criminal. De acordo com nota publicada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, o órgão se colocou à disposição para receber as testemunhas e os familiares das vítimas, disponibilizando, inclusive, o canal oficial da Ouvidoria-Geral.
A nota também trata sobre o suposto vazamento de informações que detalhavam a operação policial. De acordo com o MP, a Promotoria de Justiça recebeu, em abril, o pedido das prisões. No mesmo mês, a 19ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado decretou a prisão dos denunciados, momento em que foi suspenso o sigilo do processo, tornando públicas todas as peças processuais.
Um ofício encaminhado à Promotoria de Justiça, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente esclareceu que, em conversa informal com um dos denunciados, realizada logo após a prisão, houve um acesso à cópia da denúncia pelo primo do acusado, que também é seu advogado. Ele teria feito consultas em bancos de dados e verificou que havia mandado de prisão preventiva pendente contra ele.
Consequentemente, o advogado teve acesso aos autos e à peça acusatória. Até a noite dessa segunda-feira, 13 corpos já tinham sido liberados. Os demais ainda aguardavam liberação no Instituto Médico Legal.





