A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (17) a cúpula da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro. O secretário, Raphael Montenegro, o subsecretário de Gestão Operacional, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente, Sandro Farias Gimenes, são acusados de integrar um esquema criminoso que favorecia lideranças da facção criminosa Comando Vermelho, que domina grande parte do tráfico de drogas no estado.
A operação, denominada Simonia, cumpriu ainda cinco mandados de busca e apreensão em endereços dos suspeitos. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que determinou, também, a quebra de sigilo telefônico e telemático deles.
De acordo com a PF, os gestores da Seap facilitaram a entrada de pessoas e de itens proibidos em unidades prisionais do estado e libertaram pessoas contra as quais ainda havia mandados de prisão pendentes de cumprimento.
Há ainda a suspeita de que esses agentes intercediam para viabilizar o retorno, para o Rio de Janeiro, de criminosos detidos na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.
O governador Cláudio Castro exonerou Raphael Montenegro da pasta nomeou o delegado da Polícia Federal Victor Hugo Poubel para o cargo. A exoneração está publicada no Diário Oficial do estado desta terça.
Em nota, o governo do Rio diz que a substituição já havia sido decidida na semana passada e aguardava os trâmites da cessão do servidor público federal.
Com relação à operação deflagrada nesta terça pela Polícia Federal, o governo afirma que se compromete a auxiliar no aprofundamento das apurações.
A investigação contou com o apoio do Ministério Público Federal e do Departamento Penitenciário Federal.
