Um chimpanzé foi enviado ao espaço para uma missão pioneira em 29 de novembro de 1961. Com cinco anos e meio, Enos embarcou na Mercury-Atlas 5 e se tornou o primeiro e único da espécie a fazer uma viagem na órbita terrestre. A missão funcionou como um teste antes do voo tripulado que levaria o primeiro astronauta norte-americano ao espaço.
Enos recebeu treinamento por 16 meses, antes do lançamento. Para responder aos comandos, o treino incluía impulsos elétricos nos pés quando o chimpanzé não apresentava o comportamento desejado. Enquanto estava em órbita, Enos levou cerca de 70 choques durante os testes e execução das tarefas. A Nasa reuniu “dados sobre as demandas físicas e psicológicas, que seriam encontradas pelos astronautas durante o voo espacial”.
Alguns problemas técnicos na espaçonave fizeram com que a temperatura corporal do chimpanzé subisse e atingisse um estado febril. Diante dessa alteração física, os cientistas tomaram a decisão de interromper a viagem antes do início da terceira volta na Terra.
A Mercury-Atlas 5 retornou depois de três horas, 20 minutos e 59 segundos no espaço. Enos foi resgatado com ferimentos leves e acompanhado por especialistas até morrer, em consequência de disenteria, em novembro do ano seguinte - o que, segundo os cientistas, não tinha ligação com a ida ao espaço.
De acordo com a Nasa, a experiência mostrou que jovens chimpanzés podiam ser treinados para estudos de voo espacial.
O programa de teste com chimpanzés havia começado em 1959, dois anos antes da experiência pioneira com Enos. Antes dele, em janeiro de 1961, Ham, de três anos e meio, foi lançado ao espaço em uma missão que durou 16 minutos. Os chimpanzés astronautas são conhecidos em inglês como astrochimps.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo