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MPRJ denuncia policiais militares por adulterarem cena de crime

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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
14/12/2021 - 10:17
Rio de Janeiro

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou à Justiça Militar cinco policiais militares acusados de modificar a cena no local onde a jovem Kathlen de Oliveira Romeu foi morta, no dia 8 de junho deste ano, no Complexo do Lins, na zona norte da cidade. Todos eram lotados na Unidade de Polícia Pacificadora do Lins.

De acordo com a denúncia, um capitão, um sargento e três cabos da Polícia Militar do estado retiraram, antes da chegada da perícia, o material que lá se encontrava, acrescentando 12 cartuchos de pistola calibre 9mm deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas, que foram apresentados mais tarde na 26ª Delegacia de Polícia, no bairro de Todos os Santos. Ainda de acordo com o documento, o capitão, “ omitiu-se quando tinha por lei o dever de vigilância sobre as ações de seus comandados”.

Um trecho da denúncia diz que “enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil, os denunciados o alteraram fraudulentamente, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos”.

O sargento e os três cabos foram denunciados por duas fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho. Já o capitão foi denunciado por fraude processual na forma omissiva.

A jovem, de 24 anos, era designer de modas e estava grávida de três meses. Ela tinha mudado da comunidade há um mês por causa da violência.

Em nota, a Polícia Militar informou que o inquérito policial militar (IPM) relativo ao caso [da jovem Kathlen] foi remetido para o Ministério Público da Auditoria Militar.

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