Empresas e residências nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foram alvo da operação Blackout da Policia Federal deflagrada hoje pela manhã. Na operação, que contou com apoio do Ministério Público Federal, foi realizado o cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão.
A operação Blackout, que em português significa "apagão", quer identificar a responsabilidade pelo apagão que atingiu 13 dos 16 municípios do Amapá entre os dias 3 e 24 de novembro do ano passado.
De acordo com a Polícia Federal, os policiais buscam elementos que indiquem que os responsáveis sabiam dos problemas no sistema elétrico no Amapá. A suspeita é que houve omissão quanto à adoção das medidas preventivas necessárias por parte dos responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica no estado.
Ainda segundo a Polícia Federal, existem relatórios que apontam que vistorias internas, realizadas na malha energética amapaense, já indicavam, pelo menos um ano antes, o risco de ocorrer um apagão na região, devido a superaquecimento na subestação.
Se comprovada a denúncia, os envolvidos podem responder por Incêndio culposo e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, a pena somada pode chegar a sete anos de reclusão.
Em julho deste ano, a Polícia Federal concluiu inquérito instaurado para apurar o caso. Três diretores da empresa responsável foram indiciados por atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviços como de água e luz. A pena de reclusão prevista é de um a cinco anos e pagamento de multa.





