O Brasil tem vocação para evitar conflitos como o que ocorre na Ucrânia e mediar conversar que levem à paz. A análise é do professor de Política Externa Brasileira, no Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, Carlos Henrique Cardim, que é diplomata de carreira.
Carlos Henrique Cardim também comentou sobre os movimentos militares russos e o reconhecimento político de duas regiões da Ucrânia que declararam independência. De acordo com o professor, esse tipo de demonstração de força indica que a Rússia está aberta ao diálogo.
A interpretação dessa estratégia depende do conhecimento mais aprofundado sobre a história e a política de outros países. Cardim tem experiência em diálogos diplomáticos, tanto na Rússia quanto nos Estados Unidos. Ele avaliou que o caminho do entendimento é possível, mas, para isso, os dois países precisam estar abertos ao diálogo.
A região da Ucrânia é ocupada, pelo menos, desde o século 9. O país se destaca como um dos maiores produtores rurais do mundo. A Rússia considera que a Ucrânia faz parte de sua zona de influência desde o século 13. Em 1991, os ucranianos se tornaram independentes da União Soviética. A disputa de poder entre russos e aliados dos Estados Unidos se intensificou em 2014, com a disputa pela Península da Crimeia, no sul da Ucrânia.