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Caso Henry: mãe e padrasto prestam depoimento nesta quarta-feira

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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
09/02/2022 - 13:21
Rio de Janeiro

Marcada para começar às 9h30 desta quarta-feira, a audiência de instrução e julgamento do caso Henry só teve início quase uma hora depois e a transmissão online, como aconteceu nas outras três sessões, foi suspensa. Fotógrafos e cinegrafistas, que já estavam no plenário da 2ª Vara Criminal da capital tiveram que deixar o local.

É que a juíza Elizabeth Machado Louro, titular da Vara, acatou o pedido da defesa do ex-vereador do Rio Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e cancelou a transmissão.

Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel, são acusados da morte do menino de 4 anos em março do ano passado e, nesta quarta, estão novamente frente a frente no banco dos réus sendo interrogados.

Esta é a quarta audiência de instrução e julgamento do caso Henry. Nas outras audiências foram ouvidas 25 testemunhas de defesa e de acusação.

O menino morreu no dia 8 de março de 2021, após ter sido vítima de torturas realizadas no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, de acordo com informações da denúncia.

A juíza indeferiu o pedido da defesa de Jairinho para adiar a sessão dessa quarta-feira. O advogado Flávio Fernandes, que assumiu a defesa do ex-vereador no fim de janeiro, alegou que precisava de mais tempo por causa da mudança da defesa. Na sua decisão, a magistrada contestou o argumento.

No final de janeiro, a juíza Elizabeth também negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Monique. A magistrada ainda negou os pedidos de desmembramento do processo e a decretação de sigilo. Em dezembro, a magistrada havia negado o pedido de prisão domiciliar para Jairinho, feito pela defesa do ex-vereador.

O casal foi preso um mês depois do crime e denunciado pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

No fim da audiência, a juíza pode encaminhar o processo para o Tribunal do Júri se considerar que o casal teve intenção de matar o menino e de que há indícios suficientes de autoria do crime.

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