MP vai investigar causas do desmoronamento em obra do metrô de SP
Um desmoronamento nas obras da Linha Laranja do metrô, em São Paulo, abriu uma cratera na pista local da Marginal Tietê, na altura da Ponte do Piqueri.
Com o desmoronamento, parte da pista local do Tietê veio abaixo e por enquanto, além da pista local, todas as faixas da pista central da marginal, no sentido rodovia Ayrton Senna, foram interditadas e os carros deslocados para a via expressa, que não chegou a ser fechada.
A prefeitura ainda avalia a liberação da circulação de carros na pista central. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, diz que a reabertura só será feita se houver garantia de segurança.
No final da tarde desta terça-feira (1º) houve novos desmoronamentos no local e nesse momento, só resta inteira uma única faixa da pista local da marginal.
A interdição provocou congestionamentos em toda a cidade. Os engarrafamentos seguem acima da média.
Segundo a SABESP, a empresa de abastecimento de água e esgoto, houve o rompimento de uma supertubulação de esgoto e que foi isso que lançou uma grande quantidade de água suja no túnel do metrô.
As obras da Linha 6-Laranja do Metrô estão sendo feitas por meio de uma Parceria Público-Privada entre o governo de São Paulo e a empresa espanhola Acciona. O contrato é de R$ 15 milhões.
Segundo o presidente André de Angelo, o acidente não foi provocado pelo chamado tatuzão, o equipamento usado na perfuração do tunel do metrô.
Agora há pouco, o Ministério Público do Estado anunciou que abriu um inquérito para apurar quem são os responsáveis e avaliar os impactos para a cidade.
A secretaria de transportes metropolitanos informou em nota que foi criado um comitê que também vai investigar as causas e encontrar soluções para drenagem do esgoto e a retomada das obras.
Segundo os bombeiros, não houve feridos. Todos os trabalhadores no local conseguiram sair a tempo de maiores problemas. Apenas dois funcionários que tiveram contato com a água contaminada foram socorridos por precaução.