Um grupo de 48 refugiados ucranianos chegou a Curitiba. Eles se juntam a outros 22 ucranianos que chegaram ao Brasil no começo da semana.
A imensa maioria dos que estão sendo acolhidos no Brasil são mulheres, crianças e idosos.
Larysa e as três filhas são refugiadas. Elas moravam em Kharkiv, uma das primeiras cidades ocupadas pela Russia.
Larysa conta que passou uma semana dentro de um porão de um metro quadrado com tantas pessoas no mesmo lugar que não era possível deitar no chão. Sem água e sem comida, a família resolveu fugir e foi durante a fuga que descobriram que o Brasil ia receber os refugiados de guerra.
Entre sair do Brasil e chegar a Curitiba, foram 40 dias.
O marido de Larysa ficou na Ucrânia. Como todos homens com mais de 18 anos e menos de 60, ele foi convocado para lutar na guerra. Os pais também ficaram lá, mas porque não conseguiram fugir.
Por enquanto os ucranianos vão ficar abrigados em uma chácara da Primeira Igreja Batista de Curitiba, em Mandirituba, região metropolitana de Curitiba.
Depois os que quiserem permanecer no Brasil devem seguir para Prudentopólis, a 200 quilômetros de Curitiba. É que Prudentopólis é a cidade brasileira com maior população ucraniana. Quase 80% dos seus 52 mil habitantes ou nasceram ou tem ascendentes no país do leste europeu.





