Rio: militares da Marinha são presos por envolvimento em assassinato

Três militares da Marinha e o pai de um deles, que é dono de um ferro-velho, na Praça da Bandeira, zona norte do Rio, foram presos na tarde desse domingo (15) por envolvimento no assassinato do perito papiloscopista da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça, lotado no Instituto de Identificação Félix Pacheco.

O corpo do perito foi transportado por eles em uma viatura da Marinha e jogado no Rio Gandu, no município de Japeri, na Baixada Fluminense. Na manhã desta segunda-feira (16), bombeiros localizaram um corpo na mesma localidade e levaram para o Instituto Médico Legal para confirmar a identificação.

De acordo com a Polícia Civil, o filho do proprietário do ferro-velho, que é sargento, e outros dois colegas de farda, sequestraram o agente em uma viatura da Marinha, após uma discussão entre ele e o dono do estabelecimento.

Como o perito, que estava de plantão no sábado (14), não foi trabalhar, policiais da delegacia da Praça da Bandeira rastrearam seu celular e chegaram até os militares da Marinha, que foram presos em flagrante.

Os militares foram autuados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A Marinha do Brasil informou que os militares envolvidos responderão pelos seus atos perante a Justiça.

Em nota, a Marinha diz que lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares.

Reforça, também, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência.