PF investiga suspeitos de crimes e fraudes contra a Previdência Social
Publicado em 07/07/2022 - 13:16 Por Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (7) a segunda fase da Operação Desquite, que tem como alvo suspeitos de crimes e fraudes contra a Previdência Social. Os agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A suspeita é que eles tenham desviado cerca de um milhão e 600 mil reais dos cofres públicos. Até o momento, duas pessoas já foram presas.
De acordo coma PF, investigações iniciadas no ano passado constataram a existência de um esquema criminoso, que realizava divórcios fraudulentos com o objetivo de requerer do INSS, de forma ilegal benefícios assistenciais de prestação continuada ao idoso e à pessoas com necessidades especiais.
Os envolvidos, em sua maioria advogados e despachantes, atuavam em um escritório de advocacia de fachada, onde realizavam os atendimentos, onde os contratos de prestação de serviços eram assinados e, mediante cobranças, realizavam-se os serviços irregulares.
Segundo a Polícia Federal, os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa, falsidade ideológica e exercício ilegal da advocacia. As penas, se somadas, ultrapassam a 12 anos de reclusão.
O nome “Desquite" se deve à prática dos criminosos, que se valiam de falsas declarações de separação de fato e divórcio, de pessoas que eram na realidade casadas ou viviam em união estável, para obter ilicitamente o benefício assistencial.