Paulo Sérgio de Lima, preso por sequestrar 17 pessoas dentro de um ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro, foi transferido nesta quarta-feira da 4ª Delegacia Policial para a Cadeia Pública de Benfica, zona norte da cidade, onde permanece até a audiência de custódia marcada para amanhã.
A investigação quer esclarecer se ele pertence de fato à facção criminosa Comando Vermelho, como informou à polícia, dizendo que estava fugindo porque estaria sendo perseguido pelo tráfico. Ele já tinha uma anotação criminal por roubo e foi preso em 2019, mas teve progressão de pena e foi para o regime aberto, com monitoração eletrônica, em fevereiro de 2022.
Porém, em outubro ele deixou a tornozeleira descarregar e nunca mais ativou o dispositivo. Além desse episódio, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro alega que já havia comunicado à Justiça outras quatro violações às exigências do regime aberto cometidas por Paulo Sérgio. O Tribunal de Justiça informou que foi instaurada uma sindicância administrativa para apurar os fatos, e as devidas responsabilidades.
Duas pessoas foram feridas no sequestro. Uma delas teve ferimentos leves, mas o funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa, de 34 anos, foi alvo de três tiros e teve o coração, o pulmão e o baço atingidos. Ele precisou receber várias bolsas de sangue e passar por cirurgia. Bruno está internado em estado crítico, porém estável, no Instituto Nacional de Cardiologia, hospital de referência para cirurgias cardíacas de alta complexidade. De acordo com a unidade, ainda não está definido se ele precisará realizar uma nova cirurgia.