Fiocruz retoma greve por reajuste salarial
Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) voltaram a paralisar as atividades como estratégia para pressionar o governo por reajuste de salários e mudanças no plano de remuneração e cargos da categoria.
A greve acontece nesta quarta-feira, 7, e quinta-feira, 8, quando está prevista uma caminhada pelo centro do Rio de Janeiro. Na semana passada, a paralisação havia sido de um dia.
Ainda como parte da campanha salarial, será realizada uma assembleia nesta sexta-feira, 9, às 18 horas, para avaliar o resultado da nova conversa com o Ministério da Gestão e Inovação, que deve acontecer pela manhã.
As negociações do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz com o Ministério começaram há cerca de um ano e o impasse permanece. De um lado, o governo oferece 0% de reajuste em 2024, 9% em 2025 e 4% em 2026. Do outro, os funcionários da Fiocruz reivindicam reposição das perdas salariais de forma escalonada, com reajustes de 20% nos próximos contracheques de 2024, 20% em 2025 e mais 20% em 2026.
Paulo Garrido, presidente do sindicato, reitera que a expectativa é que o governo reconheça a importância do trabalho científico da Fundação.
No domingo passado, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, esteve com o presidente Lula, em Santiago do Chile, e entregou uma carta assinada por ele e o conselho deliberativo da instituição. O documento destaca as contribuições da Fiocruz ao Estado brasileiro e à população e solicita apoio de Lula para que a proposta apresentada ao sindicato seja revista.
Uma nota, publicada no site do ministério, diz que já foram fechados acordos com 28 instituições. A Fiocruz está entre as 17 em que as negociações continuam em andamento.