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Glauber Braga passa noite no chão da Câmara após pedido de cassação

Conselho de Ética aprova cassação do mandato dele por quebra de decoro
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Priscilla Mazenotti - repórter da Rádio Nacional
10/04/2025 - 11:55
Brasília
Brasília (DF), 10/04//2025  - Deputado Glauber Braga continua na comissão do conselho de ética em greve de fome . Foto: Lula Marques/Agência Brasil
© Lula Marques/Agência Brasil

Em greve de fome há mais de 30 horas, o deputado Glauber Braga, do PSOL Rio de Janeiro, passou a noite no chão de uma das comissões da Câmara. Ele pretende dormir nas dependências da Casa e ficar sem comer até que os parlamentares decidam sobre sua situação. É que o Conselho de Ética aprovou nessa quarta-feira (9), por 13 votos a cinco, a cassação de seu mandato por quebra de decoro.

Glauber está sendo acompanhado pela equipe médica da Câmara. Nessa primeira noite ingeriu apenas água e isotônico. E tem recebido a visita de parlamentares e de apoiadores.

Enquanto isso, o partido elabora um recurso à Comissão de Constituição e Justiça contra a decisão do Conselho de Ética. O prazo para isso é de cinco dias. Depois de chegar à CCJ, será preciso escolher um relator e votar o recurso. Se rejeitado, o processo segue para o plenário.

Uma das preocupações da equipe do deputado é quanto ao feriado da próxima semana. É que, se não houver sessões convocadas ou se elas forem virtuais, a presença de parlamentares e a circulação de pessoas nos corredores da Câmara fica reduzida.

O deputado teve o pedido de cassação aprovado no Conselho de Ética. Foram 13 votos a cinco, numa reunião muito tumultuada. A cassação foi aprovada por ele ter expulsado um militante do Movimento Brasil Livre das dependências da Casa no ano passado, depois que esse militante xingou a mãe do parlamentar. Glauber Braga alega perseguição política.

O partido lembra que outros processos tiveram tratamento diferente na Casa. Como o do deputado Chiquinho Brazão, que, preso acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, ainda não teve a cassação votada em plenário.

Para ser aprovada, a perda de mandato precisa de 257 votos em votação aberta.

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