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Empresas de engenharia do RS são alvos de operação da PF

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Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional
08/10/2025 - 11:35
São Luís
Rio de Janeiro (RJ), 25/06/2025 - Polícia Federal - PF - deflagra operação em combate ao crime de armazenamento de imagens de abuso sexual infantojuvenil. Foto: PF/Divulgação
© PF/Divulgação

Três empresas de engenharia com sede no Rio Grande do Sul foram alvos, nesta quarta-feira (8), de ações da Polícia Federal sob suspeita de crimes licitatórios, de formação de cartel e de organização criminosa.

A operação aconteceu com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Foram nove mandados de busca e apreensão, oito na Região Metropolitana de Porto Alegre e outro no Distrito Federal.

A investigação começou após análise feita pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros do Cade. As três empresas foram contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) durante as enchentes no Rio Grande do Sul ocorridas entre abril e maio do ano passado.

A suspeita é que elas teriam ajustado previamente as propostas de preços para prestar serviços técnicos nas demandas emergenciais nas rodovias atingidas pelas enchentes. O valor dos contratos passa de R$ 72 milhões. Tanto a CGU, quanto a PF e o Cade identificaram irregularidades que apontam para a prática de crimes licitatórios e de cartel.

No contexto dessas contratações, o Rio Grande do Sul vivia as consequências de um volume de chuvas sem precedentes na história do estado. Cerca de 2,4 milhões de habitantes foram diretamente impactados, pelo menos 184 pessoas morreram, além de 25 pessoas que não foram mais encontradas.

Caso seja comprovada a infração das três empresas de engenharia, os investigados estão sujeitos ao pagamento de multas entre 0,1 e 20% do faturamento bruto do ano anterior ao da instauração do processo. Já as pessoas físicas estarão sujeitas a multas entre R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.

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