A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) encerraram nesta quinta-feira a 3ª Cúpula de Chefes de Estado, em San José, na Costa Rica, O tema do encontro foi a pobreza numa região que ainda é a mais desigual do mundo. Cento e sessenta e sete milhões de pessoas ainda vivem na pobreza extrema, lembrou o presidente de Cuba, Raul Castro.
Além de declarações, os chefes de estado e de governo de trinta e três países assumiram um compromisso: acabar com a fome e pobreza extrema ate 2025. Uma meta possivel, segundo a presidenta Dilma Rousseff, que citou como exemplo o sucesso dos programas sociais no Brasil.
"Criamos um piso de renda abaixo do qual nenhum brasileiro deve estar. Passamos a complementar a rendas das familias e, com isso, 22 milhões de brasileiros superaram a extrema pobreza somente nos últimos quatro anos."
O combate à pobreza não é a única prioridade da região. Os líderes da Celac também exigiram o fim imediato do bloqueio a Cuba, imposto pelos Estados Unidos. Dilma Rousseff elogiou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, de iniciar negociações com Cuba para normalizar as relações entre os dois países, após cinquenta anos de guerra fria.
"Os dois chefes de estado merecem nosso reconhecimento pela decisao que tomaram – benéfica para cubanos e norte-americanos mas, sobretudo, para todo o continente."
Mas ela lembrou que o embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba continua em vigor.
"A suspensão desse bloqueio é indispensável para a normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos", disse Raul Castro.
No seu discurso, ele enumerou outras condições: a devolução do território ocupado pela base naval de Guantanamo e uma compensação justa pelos danos que cinquenta anos de embargo causaram ao povo cubano.