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Internacional

Executivo da Fifa admite suborno em escolha de sedes da Copa

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Gisele Garcia
03/06/2015 - 19:28
Copenhagen (Dinamarca)

O ex-executivo da Fifa, Chuck Blazer, em depoimento publicado nesta quarta-feira (3) pelo Departamento de Justiça norte-americano, admitiu que ele e outros membros da executiva da entidade receberam propina para facilitar a escolha da França e da África do Sul como sedes das Copas de 1998 e de 2010. Desde que foi afastado do futebol em 2013, Blazer passou a cooperar com o FBI nas investigações sobre um amplo esquema de corrupção na Fifa.

 

A divulgação do depoimento do ex-executivo da Fifa foi feita horas depois que o ministro dos Esportes da África do Sul, Fikile Mbalula, rejeitou a acusação de compra de votos na escolha do país como sede da Copa. Ele confirmou que US$ 10 milhões foram transferidos para a conta de Jack Warner, então presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), mas garantiu que o dinheiro não era propina, mas uma doação para a construção de um centro esportivo para imigrantes africanos na região do Caribe.

 

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, acusado de envolvimento na transação do dinheiro para Warner, declarou nesta quarta-feira (3) em entrevista a uma rádio francesa que não é culpado e que não vê razão para deixar o cargo que ocupa na entidade.

 

Fontes do FBI revelaram à Reuters que a investigação sobre o esquema de corrupção na Fifa foi ampliada para abranger a escolha da Rússia e do Catar como sedes das copas de 2018 e 2022. Os torneios já estavam sendo investigados por autoridades suíças. Mesmo assim, líderes dos dois países-sede se manifestaram dizendo que não temem uma mudança no que já foi definido.

 

A possibilidade de uma nova eleição para a presidência da Fifa, até março do ano que vem, com Blatter fora do jogo, despertou o interesse de vários ícones do mundo esportivo. Até mesmo o ex-jogador brasileiro Zico manifestou desejo de disputar o cargo.

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