As novas regras favorecem a deportação de refugiados que cometeram crimes. Até agora, eles só podiam ser expulsos se fossem condenados a pelo menos três anos de prisão. Mas diante dos casos de violência no Ano Novo na cidade de colônia, sobretudo contra mulheres, e da suspeita de que muitos dos agressores pediram asilo no país, o ministro do interior, Thomás de Maiziere, anunciou nesta terça-feira (12) planos para reduzir a tolerância para um ano de prisão no caso de crimes graves, como de ameaça à vida, agressão e roubo. As mudanças ainda precisam ser aprovadas pelo gabinete alemão e pelo parlamento.
Nos últimos dias, cidades alemãs foram palco de manifestações de grupos de extrema-direita, e migrantes de origem árabe chegaram a ser agredidos. O ministro da Justiça, Heiko Maas, lembrou que, apesar de haver refugiados entre os suspeitos dos crimes, a maioria é inocente e deve ser protegida.
Os ataques em colônia também jogaram luz sobre a proteção legal a mulheres vítimas de violência sexual. O governo admite que, na lei atual, a definição do crime de estupro é muito restrita e se baseia no quanto a mulher resistiu ao ataque. Por isso, agora também são previstas mudanças para proteger as vítimas mesmo que elas não tenham lutado contra o agressor, seja por terem sido pegas de surpresa ou pelo medo de sofrerem ainda mais violência.