Suíços rejeitam proposta de renda mínima
Publicado em 06/06/2016 - 20:52 Por Aline Moraes - Bonn (Alemanha)
No último domingo, os eleitores suíços foram às urnas para se manifestar sobre a ideia de todos, sem exceção, receberem do governo 2,5 mil francos suíços por mês, valor que leva em conta o alto custo de vida do país. A proposta não foi feita nem apoiada por nenhum partido político, mas foi colocada sob consulta popular depois de reunir as assinaturas necessárias. O resultado: 77% dos suíços foram contra o projeto. Mas, para os integrantes do grupo pela renda básica no país, houve motivos para comemorar, como diz o porta-voz Che Wagner.
Sonora: “Nós esperávamos 15% de aprovação e conseguimos mais de 20, o que significa que os suíços querem que o debate continue, mas eles não querem que seja implantado imediatamente”.
A ideia por trás da renda mínima para todos é que as pessoas não precisem trabalhar no que elas não gostam apenas para sobreviver. Com o mínimo garantido, elas teriam mais condições de buscar satisfação profissional e mais tempo para outras atividades, como cursos e trabalho voluntário. Para os críticos, custaria muito para financiar, desencorajaria o trabalho e enfraqueceria a economia.
Mas alguns países europeus já têm planos para testar a ideia como forma de simplificar o sistema de bem-estar social. Na Holanda, a cidade de Utrecht vai começar um experimento em janeiro do ano que vem com quem recebe benefícios do governo. Outras três cidades do país planejam fazer o mesmo. E a Finlândia também deve começar, em 2017, um projeto-piloto com pessoas de baixa renda, com duração de dois anos.