Parlamento da Polônia rejeita projeto que endurece ainda mais lei do aborto

Publicado em 06/10/2016 - 19:27 Por Aline Moraes - Bonn (Alemanha)

Com 58 votos a favor e 352 contra, a grande maioria dos parlamentares poloneses decidiu nessa quinta-feira não aprovar a proposta de banir quase totalmente o aborto no país.

 

Ele seria legal apenas se a vida da mulher estivesse em risco. Isso significa que a interrupção da gravidez em casos de estupro estaria proibida por lei. O projeto ainda previa cinco anos de cadeia como punição.

 

As mudanças foram propostas por um grupo anti-aborto, que conseguiu reunir 450 mil assinaturas, com apoio da Igreja Católica, que tem forte influência na polônia.

 

O projeto recebeu apoio de membros do partido do governo, bastante conservador e que tem maioria no Parlamento.

 

Mas a voz das mulheres nas ruas fez com que eles voltassem atrás e se distanciassem da proposta, um dia antes da votação.

 

Cerca de 100 mil polonesas vestiram preto e protestaram em diversas cidades do país contra o endurecimento da lei, na última segunda-feira.

 

Na capital, Varsóvia, alguns estabelecimentos foram fechados, com as funcionárias em greve para irem às ruas.

 

Mas movimentos pró-escolha lembram que a lei que segue em vigor continua sendo bastante restritiva, enquanto em vizinhos europeus, as mulheres têm mais possibilidades de interromper a gravidez até o terceiro mês, se desejarem.

 

Na Polônia só é permitido abortar em casos de estupro ou incesto, de feto com má-formação severa ou se a mulher correr sério risco de morte.

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