O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiu enviar ao Congresso um novo acordo de paz que negociou com a maior guerrilha do país.
O pacto, que termina com meio século de guerra civil, foi rejeitado pelo ex-presidente e atual senador Álvaro uribe. Ele acha que o governo cedeu demasiado aos guerrilheiros. E quer modificá-lo.
Mas Santos tem maioria parlamentar e não quer perder mais tempo. Ele acha que a indefinição coloca em risco a trégua com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele disse que a prioridade é implementar a paz com os guerrilheiros o quanto antes.
Na quinta-feira (24), Santos assinará o pacto com o líder das Farc, Rodrigo Londoño. No mesmo dia, ele pedirá ao congresso para referendá-lo. Esse é o segundo acordo de paz em dois meses. O primeiro foi rejeitado no plebiscito do dia 2 de outubro graças, em parte, à campanha pelo não liderada por Uribe.
O governo e as Farc aceitaram rever o acordo para incorporar sugestões daqueles que votaram contra. Mas o novo pacto mantém o direito das Farc de formar um partido político com cadeiras asseguradas no Parlamento.
Mais de 200 mil pessoas morreram e quase 7 milhões foram deslocadas em quase 52 anos de conflito. A guerra civil colombiana envolve, além das forças de segurança e das Farc, outras guerrilhas narcotraficantes e grupos paramilitares.