Comissão Europeia considera referendo na Catalunha ilegal; ação policial é criticada
A Comissão Europeia entende que o referendo da Catalunha foi ilegal.
No entanto, durante o comunicado de imprensa feito em Bruxelas, na Bélgica, o porta-voz da instituição afirmou que “a violência não pode ser nunca um instrumento político”.
A crítica é para a atuação da polícia espanhola, que reprimiu com violência o referendo de ontem (30), quando cerca de dois milhões votaram para que a Catalunha seja um estado independente da Espanha.
O presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, solicita que os atores envolvidos possam dialogar e acredita na liderança do presidente espanhol, Mariano Rajoy, na mediação deste processo.
De acordo com o governo da Catalunha, 90% dos eleitores votaram "sim" pela independência da região e 7,8% votaram "não".
Em uma declaração institucional, o presidente catalão Carles Puigdemont defendeu que a Catalunha ganhou “o direito de ser um Estado independente”.
Já o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, declarou que "não houve um referendo" e que todos os espanhóis constataram que o Estado de Direito se mantém “forte e vigente”.
A polícia espanhola destruiu portas e forçou a entrada em colégios eleitorais, enquanto catalães protestavam contra as forças de ocupação.
Mais de 800 pessoas ficaram feridas nos confrontos com a polícia, segundo dados do Ministério da Saúde da Catalunha.