A Microsoft, maior empresa de software do mundo, disse ter assumido o controle de seis domínios na internet, ou endereços, que supostos hackers da Rússia haviam criado para imitar o site do Senado norte-americano e sites de chamadas think tanks, consultorias formadas por especialistas que emitem análises e pesquisas.
A empresa acusou diretamente a Rússia e alertou que o país está aumentando os ataques cibernéticos, com alvo nas eleições parlamentares em novembro nos Estados Unidos.
A Microsoft disse ainda que fechou 84 sites falsos e moveu 12 ações na Justiça nos últimos dois anos contra hackers do governo russo.
O Kremlin, por sua vez, afirmou que desconhece a ação de hackers russos para prejudicar as eleições nos Estados Unidos. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse em uma entrevista por telefone, nessa terça-feira (21), que Moscou não sabe sobre hackers russos que estariam atuando nas eleições americanas.
As acusações de interferência em eleições nos Estados Unidos foram feitas pela primeira vez no fim do mandato de Barack Obama em 2016, quando o FBI acusou a Rússia de ter invadido computadores da campanha de Hillary Clinton para prejudicá-la.
Desde o início de seu governo, Donald Trump enfrenta acusações de que integrantes de sua equipe de campanha teriam tido contato com funcionários da Rússia. No encontro entre ele e o presidente russo Vladmir Putin, em julho, Trump foi criticado por não ter confrontado Putin pelas acusações de interferência russa nas eleições.