Após renúncia de todos da linha sucessória presidencial na Bolívia, país está sem governante
A Bolívia acordou nesta segunda-feira sem um governante. Ontem, o presidente Evo Morales renunciou ao cargo, após uma onda de protestos que já durava 21 dias.
Também renunciaram Álvaro García Linera, vice-presidente do país, Víctor Borda, presidente da Câmara de Deputados, e Adriana Salvatierra, presidente do Senado.
Cabe agora ao Legislativo escolher um novo presidente para o Senado, para que este possa acatar a renúncia de Morales e dar início ao processo de novas eleições. Isso porque apesar de o presidente Evo Morales ter anunciado a sua renúncia este domingo, sua carta ainda precisa ser oficialmente recebida e acatada pelo Congresso para que ele deixe de ser o mandatário do país.
Diante da ausência dos chefes das duas câmaras, o vice-presidente do Senado deve convocar uma sessão e encaminhar os próximos passos. Ainda não se sabe como exatamente o legislativo irá proceder.
É possível que determinem um nome para assumir a presidência do Senado, alguém que finalize o atual mandato de Morales, enquanto se convocam novas eleições.
Pode ser ainda que os legisladores definam uma espécie de "governo de consenso" até o fim do atual mandato, que vai até o dia 22 de janeiro, data prevista para a posse do próximo presidente.
Pode ser ainda que partidos políticos e movimentos civis cheguem a um acordo em relação ao nome de algum senador que possa ocupar interinamente a presidência enquanto o processo de novas eleições é realizado.





