Para especialistas, América Latina está despreparada para lidar com desafios pós-pandemia

Para especialistas

Publicado em 17/04/2020 - 18:10 Por Marieta Cazarré - Montevidéu

Acadêmicos apontam que só os países melhor preparados em questões de segurança e defesa vão se sair bem no mundo pós pandemia.

 

A ideia foi defendida pelo professor de relações internacionais Ricardo Caichiolo, em um seminário ao vivo pela internet, realizado nesta sexta-feira pela escola de negócios IBMEC.


O encontro virtual tratou dos impactos da pandemia do novo coronavírus nas relações internacionais e os seus desdobramentos econômicos e políticos no mundo.


Para os palestrantes, a América Latina está despreparada para lidar com os novos desafios de um mundo globalizado, especialmente diante de uma pandemia.


Caichiolo avalia que a Argentina vem lidando bem com a prevenção ao coronavírus. Já o inverso, segundo o professor, acontece no Equador, onde o sistema de saúde e o serviço funerário entraram em colapso. Ele também citou a demora do governo mexicano em tomar medidas contra o coronavírus.


Em relação ao Brasil, o acadêmico defendeu mais agressividade em termos de abertura de mercados no exterior para poder compensar a recessão que se aproxima por causa da pandemia.

Para outro participante, o professor José Niemeyer, o mundo sairá de uma realidade unipolar, com os Estados Unidos como superpotência, para uma nova configuração, que pode ser bipolar, ao lado da China; ou multipolar, com a participação da Rússia.


Já Oswaldo Dehon, professor da escola de negócios em Belo Horizonte, acredita que a política externa não será mais assunto de diplomatas, mas vai envolver defesa e segurança nacional. Ele aponta a China, que depois do crescimento através da economia, vem investindo cada vez mais no setor estratégico-militar.


Para Dehon, as ameaças do passado não serão as que enfrentaremos no futuro. Ele cita as armas biológicas, químicas e bacteriológicas, salientando que os principais atores no contexto da pandemia da Covid-19 não são as Forças Armadas, mas os profissionais da área da saúde.

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