Muitos políticos e ativistas defendem que o país abra as portas a qualquer refugiado da Ucrânia, haja vista a história de perseguição aos judeus, principalmente o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, e ao fato de que Israel é um país formado por imigrantes.
Os mais conservadores se mostram abertos apenas à absorção de refugiados de origem judaica. Só na Ucrânia, cerca de 200 mil pessoas têm ascendência judaica e podem, de acordo com a chamada "Lei do Retorno", imigrar a qualquer momento para Israel e receber cidadania imediatamente. Mas a ministra do Interior, Ayelet Shaked, conhecidamente conservadora, se mostrou preocupada com a chegada em massa de refugiados não judeus.
Ela estimou que, só em março, 15 mil ucranianos devem chegar a Israel e que 90% deles não serão judeus. Ela disse disse que vai reformular a política de absorção de refugiados, o que causou frustração no lado mais liberal do governo, que defende a recepção do maior número possível de pessoas que buscam abrigo em Israel.