Ao citar a “falência das instituições internacionais”, o presidente Lula voltou a criticar as regras antigas do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele lamentou que tentativas pelo fim de conflitos são frustradas por causa do direito ao veto.
A declaração foi parte do discurso do presidente, nesta sexta-feira (17), durante o encerramento da segunda cúpula virtual “Vozes do Sul Global”, um evento online, por videoconferência, com mais de 100 países representados.
Enquanto isso, o Oriente Médio continua sendo palco de ataques do exército israelense. Nesta sexta, a Organização Mundial da Saúde informou que, pelo menos seis paramédicos foram revistados e detidos pelo exército israelense e tiveram que deixar o Hospital Ibn Sina, na cidade de Jenin.
Nas redes sociais, a OMS se disse “preocupada” com o que chama de “contínua escalada de ataques de saúde na Cisjordânia” e cita que, desde 7 de outubro, as unidades de saúde da Cisjordânia já sofreram mais de 170 ataques de Israel. E finaliza fazendo um apelo à proteção dos profissionais e das unidades de saúde.
Na Faixa de Gaza, equipes médicas de emergência da Cruz Vermelha na Palestina ficaram presas no Hospital Al-Ahli. Segundo divulgado pelo movimento humanitário, foram registrados tiroteios intensos e explosões.
As forças de defesa de Israel alegam que o grupo Hamas “esconde armas e agentes” bases construídas dentro de prédios de escolas e mesquitas. Afirmam, também, que as “tropas localizaram uma escola onde os terroristas do Hamas estavam escondidos e os eliminaram”.
A OMS alerta que mais da metade dos Hospitais em Gaza deixaram de funcionar por falta de combustível e danos causados pelos ataques. São 22 hospitais nessa situação. Os 14 que ainda estão abertos já sofrem com a escassez de suprimentos para cirurgias mais complexas e para os cuidados intensivos. Com isso, a OMS reforça o pedido pelo cessar-fogo imediato, a proteção de civis e das unidades de saúde e o respeito ao Direito Internacional Humanitário.
O presidente da OMS, Tedros Adhanom, defendeu que vai pedir aos líderes mundiais, na COP 28 na Arábia Saudita, que “todas as instalações de saúde nos países mais pobres” tenham energia solar para colocar um fim ao risco de vida devido a cortes de energia, como ocorre em Gaza. Segundo Adhanom, não há razão para que bebês morram por falta de eletricidade nas incubadoras.